sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Paixão antiga

Cá estou eu com mais um post quentinho saindo do forno. Hoje vou falar de mim. Não apenas das minhas teorias mirabolantes sobre a humanidade estudadas em lugar nenhum (e por isso, pouco dignas de crédito), mas da minha pessoa mesmo. Na verdade essa não era a minha idéia ao criar este blog, mas... quem liga? Afinal de contas, já saí tantas vezes da proposta original que sequer lembro qual era (ok, eu lembro)... E de qualquer maneira, ninguém lê isto aqui mesmo, e o melhor, porque EU quis assim! Isso não é fantástico? Eu devo ter mesmo algum tipo grave de esquizofrenia ou coisa assim... Mas não são as minhas pertubações psíquicas que vêm ao caso agora, ou talvez o assunto em questão tenha realmente tudo a ver com elas... VAMPIROS.
Antes que alguém venha me acusar de ser mais um desses jogadores nerds de rpg, eu explico: não, eu não sou um vampiro e, caramba, não quero me passar por um. Aliás, como tem gente que consegue? Quer dizer, algumas pessoas parecem acreditar MESMO que alguém bota fé neles.
Também quero esclarecer que NÃO JOGO rpg, embora meus
estudos tenham incluído uma vasta viagem pelo mundo de Vampiro - a Máscara quando comecei a me interessar pelo tema mais seriamente.
Não, o meu interesse é bem mais amplo. Já estudei vampiro de tudo quanto é forma, o que poderia ser apontado como uma clara tendência a juntar cultura inútil, mas essa é outra história. Vlad Tepes, Elizabeth Bathory, Bela Lugosi, Caim, Lestat, Lamias, Ekiminus, já ouvi falar de todos esses e muitos outros. Durante muito tempo, eu me reconheci no espelho c
omo aquela que era simplesmente fissurada pelas criaturas e pelas lendas, pelos filmes e pela literatura.
Tudo começou com um sonho pós-filme. É isso aí, eu era apenas uma criancinha de 8 anos que não conseguia dormir depois de um filme de terror. Pensando agora, acho que eu deveria ser capaz de me lembrar de que filme se tratava. O fato é que estava dormindo (ou tentando) com a porta do meu quarto entreaberta poucos centímetros e a luz do corredor acesa, quando vi (ou tive a impressão de ver, melhor dizendo) um vulto de capa passando pela porta. Desnecessário dizer que fiquei apavorada. Apesar do medo, me levantei e fui corajosamente procurar o tal vampiro. Obviamente não achei ninguém, e ao que parecia, todos da casa já dormiam. O engraçado é que, passado o medo, eu senti uma enorme fascinação por aquela figura que parecia saída do filme apenas para me
assustar no conforto do meu lar.
E então, voilà! A paixão havia nascido, e com ela o meu vício por filmes B. Mas eu não consegui me contentar apenas com filmes ou livros de ficção. Afinal, eles eram reais, não é? De onde surgem as lendas senão para explicar a verdade?
Na minha mente eles existiam. Silenciosamente, embaixo de cada sombra no parque. Afinal, porque não seriam reais? Não queriam mesmo que soubéssemos que estão entre nós, seriam como "os lobos se delatando diante das ovelhas". Então comecei a verdadeira pesquisa.
Aparições. Personalidades. Assassinatos suspeitos. E quanto mais eu pesquisava, mais me decepcionava. Era claro que não estavam lá. Não estavam em lugar nenhum.
Mas não foi o suficiente para me deter. Fui atrás das lendas, lugares, religiões. Mais precisamente ainda, fui atrás do porquê.
Porque teriam simplesmente inventado a minha obsessão? O que estavam querendo provar, o que necessitava de explicação? Acredite se quiser, cheguei a estudar tipos de solos e as condições climáticas e químicas para a total decomposição de um corpo humano.
Cheguei à conclusões, como sempre, enfadonhas e indignas de tanta riqueza. Corpos preservados. Seqüestros muito humanos. Mortes comuns, em condições incomuns.
Preferi ficar com o mito. Não importa como tenha nascido, nem como sobreviveu até hoje (você acha mesmo que Bram Stoker e Anne Rice são os principais culpados? Eu diria que está perdendo a melhor parte), vai ficar comigo até que eu morra. Gravado na minha alma (e, em breve, na minha pele também). Na lembrança do que construiu o que eu sou. Naquilo que não nos permite esquecer de onde viemos.
Au revoir.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Do que não há.

"Acordou lenta e lucidamente. Devagar, levantou-se e ajustou sua visão. O primeiro pensamento que formou-se em sua cabeça é de que não sabia onde estava. Como fora parar lá, e porquê?
Só sabia que aquele não era um lugar comum, nem parecido com qualquer que ele conhecia. Nem mesmo tinha certeza de que aquele era um LUGAR.
Olhou para as próprias mãos. Conseguia enxergá-las, assim como a seus pés e braços, mas não podia ver mais nada a um palmo de seu nariz, se é que havia algo a ser visto. Onde estava era claro, tão claro que poderia ofuscar a visão, se a razão dessa clareza fosse a luz. Mas ali não havia luz, assim como não havia sombras, nem de seu próprio corpo contra o chão. Se é que havia chão: não sabia dizer qual era a sensação sob seus pés, nem onde seria a divisão entre o solo e o ambiente. Ali, nada fazia sentido; ali, só existia o nada.
Correu o máximo que pôde, em busca de ajuda, em busca de respostas. Correu para o nada, correu em todas as direções. Apenas mais nada, mais desolação. Não podia nem mesmo sentir nada, seu corpo parecia oco e vazio. Não tinha fome, nem frio, nem sede, nem desejo algum. Desejo. Só o que sabia é que não queria ficar ali, enquanto era capaz de querer alguma coisa.
Aquilo era real? Existia mesmo um lugar perfeito, feito de nada?
Tentou falar. Sua voz saiu estranha, etérea, desconhecida. Mas não havia eco. O som se propagou perfeitamente. Mas o que iria dizer? Com quem iria conversar?
Que fizera para ficar sozinho? Será que estava mesmo vivo?
Vivo.
Enfim, compreendeu. Ali não era a terra, nem tampouco o céu, e ele não estava nem vivo nem morto. Tudo em que acreditara estava errado. Aquela não era a danação eterna de que ouvira falar, de demônios e seus caldeirões num mar de fogo. Mas a punição existia, com ou sem um juiz, com ou sem morte. Descobriu, enfim, que estava no Inferno."

Um conto tosco e sem noção, obviamente de minha autoria, ou os créditos estariam aí. Nem tente entender, apareceu na minha mente de repente. E ao contrário do que se possa deduzir sobre meu estado de espírito, hoje estou muito feliz. Este foi apenas um texto inútil para atualizar um blog inútil.
Au revoir.

domingo, 4 de novembro de 2007

Lanche da tarde.

Ser humano de caixinha -> Receita prática!
Sabor tradicional.

Ingredientes:

- 200g de massa cinzenda amassada ou picada
- 2Kg de futilidade
- 3 xícaras de vaidade
- 2 colheres (sopa) bem cheias de preconceito
- R$500,00 em roupas da moda, de preferência de marca
- 1 litro de hipocrisia
- Medo à gosto

Modo de preparo:

Misture a massa cinzenta, a futilidade, a vaidade, o preconceito e a hipocrisia até que adiquira um tom amarelado e uma consistência firme. Deixe descansar por meia hora. Depois, acrescente o medo em doses homeopáticas e espalhe a massa uniformemente em uma forma de plástico, e leve ao congelador por aproximadamente 18 anos. Ao retirar, vista com as roupas da moda, penteie os cabelos, et voilà!

Teor não é nada, imagem é tudo. ;)

PS: Para melhor apreciação, consumir com bebidas alcoólicas.

Bon appétit e au revoir.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Um conto mal-contado

“Uma garotinha está presa no alto de uma grande torre com belas roseiras brancas. Aos pés da torre, se encontra o povoado onde vivem preocupados os pais dessa menina. A garotinha não teve tempo de conhecer muitas pessoas antes de perder-se em sua prisão de pedra, mas sabe que algumas, especiais, aguardam seu retorno, anjos que guiam seus passos dentro do quarto escuro. Mas a porta da torre está trancada, e somente uma pessoa sabe onde está a chave. E essa pessoa é a pequena menina, que a escondeu com todo cuidado embaixo de seu travesseiro. Qual seria a razão, e que sentimentos levariam a menina a manter seu próprio cativeiro, quando ela sabe que toda uma vida de brincadeiras e emoções a espera fora da torre?”

A vida é para quem sabe vivê-la. Ou quer vivê-la. Eu acho.
Au revoir.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O direito ao foda-se

Olha só, cá estou de novo, sem nada interessante pra dizer. Eis que pois se não quando, resolvo imitar meus caros colegas escritores de blog sem imaginação ao redor do mundo e posto um texto de autoria diversa. Sim, depois de dias venho atualizar esta homepage com um texto que NÃO É de minha autoria! Muito útil, não?
Pois sim, só porque gosto muito dela, e porque ultimamente ando dependendo muito do que é explicado nesta crônica, venho dividi-la com vocês, caros leitores assíduos e imaginários. Espero que gostem, e se já a conhecerem (o que é bem provável), espero que ao menos renda uma risadinha no seu dia sem graça.

O Direito ao Foda-se
(Por Millor Fernandes
)

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala.Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas.
Me liberta.
"Não quer sair comigo? Não? Então foda-se!".
"Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituiçao Federal.Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua.
"Prá caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Prá caralho"?
"Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Prá caralho, o Sol é quente Prá caralho, o universo é antigo Prá caralho, eu gosto de cerveja Prá caralho, entende?
No gênero do "Prá caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negaçao, está o famoso "Nem fodendo!"O "Não, não e não!" é tampouco nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto.Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro prá ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Danielzinho, presta atençao, filho querido, NEM FODENDO!".
O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".
O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior.
São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!".
Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!".
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima.Desabotoe a camisa e saia na rua, vento batendo na face, olhar firme,cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!".
Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar:
O que você fala? "Fodeu de vez!".
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!

Au revoir.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Ressurreição!!!

Vocês não estão acreditando nos seus olhos, hein? Pois sim! Cá está meu blog novamente ativo! Quer dizer, ativo é uma palavra forte... mas, ora, o que mais dizer se não que finalmente tenho mais um post saindo do forno? Então, vamos a ele!

Estava eu pensando, esse blog é tão normal que chega a ser estranho... todo mundo se esforça p/ escrever o mais bizarro possível e eu aqui, com o arroz e feijão... por isso, para o texto de hoje, escolhi um tópico levemente sem noção...

"Cogito, ergo svm."

Nada mais manjado. Quem estuda filosofia (por acaso, as duas únicas pessoas que lêem isto aqui estudam! Acho que pelo menos uma delas vai querer me matar XD) já deve ter escutado essa frase milhões de vezes e, quem não estuda, pelo menos alguns milhares. A famosa "Penso, logo existo". Longe de mim querer filosofar sobre a existência do eu, mas me parece que a citação de Descartes cai muito bem como título do assunto sobre o qual eu queria escrever hoje: a auto-sugestão.

Tudo que somos e fazemos é resultado do trabalho árduo de nossa mente incansável. Isso é claro, certo? Mas até onde vai o poder da mente sobre quem somos? Há poucos dias, descobri que coisas como timidez e honestidade não são marcas de uma personalidade, mas fazem parte do superego que chamamos 'regras sociais'. Ok, descobri o mundo, eu sei ¬¬. Mas se timidez não é um aspecto da personalidade, somos nós que a impomos a nós mesmos em certas situações, não é? Então, se repetirmos incansavelmente "eu não sou tímido, eu não sou tímido" e, claro, tivermos convicção naquilo que dissermos (o que acredito ser a parte mais difícil), não seremos então capazes de superar essa timidez?
De certa forma, coisas como insegurança, timidez e outros tipos de bloqueios não são apenas criações da mente? A minha pergunta é, será que não existe um meio de curar enfermidades como síndrome do pânico e agorafobia simplesmente trabalhando a mente nestes aspectos, sem a necessidade de intervenção medicamentosa (nossa, como estou chique, hoje)?
Pois bem, é isso que logo vou descobrir. E fiquem atentos, pois em alguns meses, ou até anos se necessário, não será aqui apenas mais uma leiga jogando teorias malucas. Começarei em breve a estudar verdadeiramente os aspectos da mente humana e então, quando obtiver estas e outras respostas, volto para lhes contar. Até lá, fiquem bem, meus queridos leitores imaginários. ;)
Au revoir.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Transparrent Barriers...

Meu... que tédio... que vida... que merda...
Não há motivo pra nenhuma das afirmações acima... nenhum mesmo, as férias acabaram de terminar, estou de novo com atividades até o pescoço e conhecendo uma enxurrada de gente nova todos os dias. Mas não sei se dá pra notar pelos posts antigos que eu tenho muito MEDO de gente nova, embora eu acredite que isso não seja nem de longe demonstrado, dependendo da ocasião. O fato é que estou me sentindo mal. Muito mal. Terrivelmente mal. E adivinha só, de novo, sem motivo nenhum! =D Eu sou mesmo uma lástima...
Estou com medo dessa nova fase, não estou com vontade de fazer nada, não me sinto bem com as coisas que antes me davam prazer, QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO COMIGO, DROGA?
Acho que vou me internar... ou parar de pensar... ou me matar... sei lá... que vontade de desistir de tudo, ir para um deserto escuro e esperar a chuva ou a morte, o que vier primeiro...
Cara, (não) quer saber de uma coisa? Eu sou FRACA. Isso é tudo que é preciso ser explicado à meu respeito. Talvez pareça pouco explicativo no início, mas acredite, a longo prazo isso explica TUDO. Ponto. Final ou não, quem vai dizer é o tempo...
Au revoir.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

What goes around? (céus, o que eu ando escutando...)

Mais de mês sem postar. Vergonhoso. E pensar que inicialmente o maior hiato que eu deixava acontecer era de uns 10 a 15 dias.
Mas este blog está parecendo o diário de uma maníaca depressiva. Aliás, deve ser isso que eu sou mesmo. Em um dia, estou exultante. No outro, me sentindo um lixo. Patético.
Hoje, como é fácil reparar, é um dos dias nos quais não estou me sentindo muito bem. Sabe o que é hilário? Ontem foi um dia de comemoração! Ou era pra ser. Mas só o que consegui foi me sentir mal comigo mesma. Magoei um grande amigo sem necessidade e, na realidade, sem intenção nenhuma disso. Nem sei direito o que houve. Só o que consegui perceber é que sou muito egoísta. Muito mesmo. E o tempo todo procuro imaginar uma imagem de mim mesma generosa e autruísta. Ontem eu enxerguei o quanto estava errada, e senti tanta vergonha que num momento em que muitos procuravam a minha companhia tudo que eu queria era me esconder do mundo.
O meu maior medo parece ser bem mais real do que eu imaginava. A minha vida realmente mudou muito, e num período curtíssimo de tempo. Mas essa mudança acarreta em muitas novas responsabilidades. Responsabilidades essas que aparentemente eu andei ignorando. Fui negligente em muitos sentidos, não dei o merecido valor a muita coisa... e parece que agora estou sendo castigada. Não sei nem o que dizer, estou mortificada.
Percebi, de repente, que toda essa mudança que ocorreu comigo não foi mérito meu. Foi uma faceta minha que eu nem mesmo conhecia trabalhando por mim, que agora foi embora e me deixou com o abacaxi nas mãos. Um turbilhão de acontecimentos me levando, como uma onda que arrasta tudo consigo, sem que eu me desse conta de onde estava me metendo.
Ontem, percebi que a mudança não ocorreu em mim, mas no meu contexto. Dentro de mim, a garota insegura ainda grita de medo a cada nova situação. O que foi que houve com a suposta segurança de conversar com desconhecidos que há pouco eu havia descoberto? Não existe. Ou existe, mas se escondeue em algum lugar.
Estou chateada. Só posso terminar esse post com o trecho de uma música, Tallulah, do Sonata Arctica, que diz tudo do meu momento emo de hoje:

"Tallulah, It´s easier to live alone than fear the time it´s over
Tallulah, find the words and talk to me ,oh, Tallulah,
This could be... heaven"

Au revoir.

sábado, 16 de junho de 2007

Ser o que pareço.


Cara, cara, CARA!!!! Foi ontem!!! \o/
Uma das minhas máscaras favoritas teve sua brilhante estréia ontem! Uhulll!! Tava todo mundo tão bem, tão concentrado, tão bonito!! O TUT está de parabéns, eu amo aquele pessoal! ;*
E eu posso dizer com todas as letras que nunca fui tão EU MESMA como ontem! Nunca tive tanta certeza de que eu amo o teatro, nunca me senti tão livre em cima de um palco! E tudo isso em uma ESTRÉIA!
Esse é um post para melhorar o humor deste blog, avisar o mundo, gritar pros quatro ventos o quanto eu estou FELIZ! Não sei ainda o que vou fazer da vida, se girar malabares no sinaleiro ou grandes espetáculos na Broadway, mas eu sei o que eu quero pra mim! E, seja como profissional, seja como amadora, uma parte dos meus dias SEMPRE estará reservada ao teatro! E tenho dito!
Au revoir!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Chiacherando.

Hum. Os hiatos estão ficando cada vez maiores. E olha que ainda nem começaram minhas atividades acadêmicas. Um sinal de que o fim dos tempos está próximo, imagino. Ou talvez, eu simplesmente esteja desistindo de idéias mirabolantes e fique acanhada de servir o arroz e feijão de todos os dias.
Qualquer que seja o motivo, aqui estou eu dando mais uma vez o ar da graça. E sabe, reparei que este blog é tão normal que chega a ser estranho. Faz tempo que não visito um blog comum, de um adolescente comum relatando as peripécias de seu cotidiano comum. Não, os blogs de hoje são muito mais do que meros diários virtuais dos quais você pendura a chave na capa ao invés de esconder debaixo do travesseiro. Alguns têm músicas, discografias inteiras ao dispor de boas conexões; muitos outros, poesias e citações de autores esquecidos (tão esquecidos, aliás, que a maioria nem leva o crédito por elas); não raro, um blog é a esperança de um autor desconhecido de ter o seu livro descoberto de repente e ser publicado, sei lá, pela Sextante. Mas o que mais se vê mesmo (ou o que eu mais vejo, não sei vocês) são aqueles em que os autores fazem todo possível para exaltar o quão diferentes são do resto do mundo. Engraçado reparar como todos querem achar pessoas que se pareçam consigo mesmas, ao mesmo tempo em que acreditam ser as únicas do universo a gostar de chicle de pimenta. Se eu não estiver me fazendo entender, estou no caminho certo.
Mas estou divagando. Não que não seja exatamente esse o objetivo do post em questão (e de todos os outros), mas como sempre, eu tinha alguma coisa pra dizer no post de hoje. Provavelmente era mentira. Então, passemos aos pensamentos aleatórios. Sem cortes. Sem censura. Sem noção.
Cada dia mais, a máscara e a Mascarada se fundem dentro de mim, e pouco a pouco vou perdendo a identidade de quem sou e do que fui. No mesmo dia, me sinto onipresente e insignificante, e mais freqüentemente ainda, no mesmo instante. Não conheço as capacidades do meu eu, mas para todos os efeitos, também não conheço suas limitações.
Só sei que hoje acordei angustiada. A ansiedade ante a realização próxima briga com o sentimento do vazio que foi despertado mais fortemente do que nunca. A certeza de que sou útil nunca esteve tão junto da sensação de inutilidade, sempre tão latente na minha vida. Preciso de todos e não quero nunca mais precisar de ninguém. O certo e o errado nunca pareceram tão iguais. O nunca e o sempre na mais impossível das sintonias.
Este é um texto que saiu mais melancólico do que sempre, e não tenho certeza de não querer apagá-lo depois. Ao menos a primeira parte dele está aturável. Por enquanto, basta de confissões de adolescente. Não garanto que não vá escrever mais dessas, mas definitivamente não era isso que eu tinha em mente quando abri esse blog. Enfim, contentem-se com esse tutu sem farinha por agora. =P
Au revoir.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Depoimento de uma viciada.

Puxa, eu já tinha um post prontinho para colocar aqui hoje (isso mesmo, não pense que vou abandonar isso aqui tão cedo! Eu faço desenhos no Paint - sou uma pessoa paciente), mas lendo as últimas postagens e, principalmente, o último assunto, percebi que este blog andava meio... soturno demais. Parece um espaço cibernético feito para que uma assalariada insatisfeita com a vida possa reclamar sem receios sobre as injustiças do mundo. E, bem, sinto informar que não sou nem mesmo assalariada.
Eu fiz este blog para pensar. Mas pensar definitivamente não é uma coisa que me faz bem. Eu diria que tenho uma tendência pessimista tradicional da minha família por parte de mãe, passada religiosamente por muitas gerações. Quem me dera ter puxado meu lado italiano, sempre falando de macarronadas e do fogos do natal de 95.
O fato é que hoje estou escrevendo aqui à meia noite, o que é algo muito raro. Muito, muito raro mesmo. Isso porque eu geralmente me lembro de fazer algo útil (útil??) na internet, como escrever aqui, somente por volta das duas da matina. É claro que existe um post aqui que, se não me engano, foi enviado às oito da noite, mas deve ter ocorrido num dia excepcionalmente ocioso que eu não espero que se repita.
Depois de escrever minhas bobagens diárias (aqui ou no meu caderninho de cabeceira), ainda fico mais duas ou três horas na cama escutando música, e pego no sono por volta das cinco ou seis da manhã, resultando num saldo de poucas horas dormidas toda noite. Sim, este é um dos muitos motivos pelos quais eu montei este blog, meu enorme e sufocante ócio diário. Não que eu passe o dia todo sem fazer nada - todas as minhas tardes e parte das noites são ocupadas com alguma coisa - mas essa constante falta do que fazer com minha massa cinzenta me deixa extremamente entediada. Se não fosse o teatro, ou a música - ah, a música - acho que enlouqueceria, ou talvez me tornasse uma pessoa sã demais, quem sabe?
Por falar em música, estou começando a achar que ecletismo faz mal à saúde. Isso não pode ser normal. Existem pessoas ecléticas (ou posers que fingem gostar de "tudo, exceto funk e pagode"), mas a minha playlist está condenada a vagar solitária pela galáxia para todo o sempre. Eu mesma me assusto, sabe? Às vezes, me pego examinando a coleção de cds do meu pai (a única pessoa REALMENTE eclética que eu conheço, e não me refiro apenas à música) e encontro alguns títulos realmente duvidosos. E penso "caramba, como ele pode ouvir essas coisas?" enquanto vou colocando no cd player para tocar. E o pior é que enquanto a música toca, na maioria das vezes preciso confessar que "puta que o pariu, estou gostando!!", ou "caralho, não é que essa porcaria é boa mesmo?".
Por outro lado, existem aquelas músicas de que ninguém gosta, mas todo mundo bate discretamente o pézinho quando começa a tocar. Pois é, acho que no fundo todo mundo inventa o estilo que mais agrada para si mesmo, e, escondido, vai escutar os cds do Zeca Pagodinho da tia.
Esse post foi o mais sem noção até agora, e não vou editá-lo de propósito. Acredita que já faz um mês que o Verdades de Mentira está aberto e eu ainda tenho idéias para escrever? Aproveite, elas estão acabando - ou não.
Au revoir.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Viverá em água doce?

Muito bem, após quase uma semana desde minha última postagem, cá estou eu de novo para completar meu pensamento... Engraçado, não era para ter demorado tanto, mas isso não vem ao caso...
Bom, quem leu o post passado (será que alguém lê esse negócio fora os dois desafortunados a quem eu passei o endereço disso??) sabe que eu estava divagando sobre... disputas, certo. As disputas que acontecem no âmbito das amizades, especialmente entre pessoas do mesmo sexo. Não é realmente um assunto original, mas este não é mesmo um blog original, serve apenas para organizar minhas idéias, então isso não seria exatamente um problema... (nota mental: estou seriamente pensando em mudar o endereço disso aqui...)
Mas, passemos ao assunto de hoje: os excluídos! Sim, caríssimos, a lesada que aqui vos escreve já fez parte deste seleto grupo de desajustados socialmente. E eu digo "fez" porque não me sinto mais como tal. Mas porque existem os excluídos?
O mundo diz que o nome disso é "Bullying", e que a culpa seria dos estudantes (especialmente, não que isso aconteça apenas em escolas, mas abafa) mais velhos que gostam de pegar alguém "pra cristo".
Pois eu fui vítima desse tipo de "zoação", e eu digo: a culpa foi minha. Só que eu era fraca demais pra admitir isso.
Ninguém numa terapia vai me dizer que a culpada pelos outros apontarem o dedo na minha direção na escola e rirem feito hienas fui eu mesma, mas convenhamos: o que é mais fácil, o problema estar em um indivíduo ou num grupo deles?
Não estou dizendo que sim, eu era estranha e por isso meus colegas tinham o direito de me humilhar. Estou dizendo que, se algo me incomodava no comportamento deles, eu devia ter me imposto desde o começo. Não eram necessárias brigas. Eu precisava rir com eles, e, se possível, deles também. Ser eu mesma e procurar amigos naqueles que se parecessem comigo.
Sabe aquela história de que um apelido só pega se a pessoa se incomoda com ele? É a mesma coisa.
Mas, ao contrário, tudo que NÃO podia ter feito eu fiz. Tudo que poderia ser parte da personalidade da Mascarada real, eu anulei. Queria me parecer com aqueles que se julgavam estar acima de mim porque, naquela época, eu realmente achava que estavam. Mas pode um peixe de água salgada sobreviver na água doce? A minha máscara de "guria legal" só terminava por tornar a minha imagem ainda mais patética, e aumentar o número de chacotas.
Com o tempo, fui me tornando a chata, a antipática, a anti-social por opção. Quanto menos notassem que eu estava ali, menos me importunariam. E essa imagem da Mascarada sozinha na sala de aula enquanto todos riam no intervalo, ou daquela menina se escondendo pelo colégio enquanto as aulas não acabavam ainda me assalta de vez em quando. Aquela criança insegura ainda vive. Mas aquilo que não mata, ensina a crescer. E eu com certeza cresci.
Imagino que este tenha sido de longe o post mais pessoal que escrevi até agora. Mas me sinto bem por ter podido desabafar aqui, mesmo protegida sob a Mascarada. Porque somente assim eu serei capaz de finalmente exorcizar os fantasmas do meu próprio passado. E só assim, serei a pessoa forte que espero ser. (Calma, não chorem! XD~)
Bom, por hoje é só... E sabe lá quando vou aparecer por aqui novamente.
Au revoir.

domingo, 13 de maio de 2007

A física da camaragem

Ok, ok, depois de uma hibernação meio phoda de idéias por aqui, cá estou eu de novo para contribuir com um pouco de bobagem para o seu bom senso. E isso porque volto a escrever com uma luz emprestada! Sim, caros colegas, me deram uma sugestão sobre o que colocar neste sítio inútil! Dá mesmo para acreditar. XD
Vejamos, o que dizer sobre as famosas disputas? Você faria mesmo qualquer coisa para puxar o tapete da biscate que quer ser como você ou ter as suas coisas? Sei... e se a tal "biscate" é ninguém menos que uma amiga sua?
Há, você pode até responder "não tenho amigas/os assim", mas todo mundo passa ou pelo menos já passou por isso, seja no papel de invejado, seja no papel de invejoso.
Na amizade ideal não há disputas, apenas camaradagem. Isso porque cada parte sabe muito bem qual é o espaço que pode e sabe ocupar, quais são suas próprias qualidades e defeitos e quais as qualidades do amigo que mais admira, assim como os defeitos que suporta e até aponta quando necessário. Eu não seria capaz de dizer que a amizade ideal realmente não existe em lugar nenhum do globo, mas com certeza ela é rara.
Especialmente na amizade entre pessoas do mesmo sexo, a competição parece um fator quase inevitável em muitos aspectos do dia-a-dia. Mas ela não aparece só quando alguém apresenta o novo namorado, ou tira a melhor nota numa prova. Muitas vezes é sutil, a ponto de se levar anos antes de perceber ou assumir a situação.
Eu tenho uma amiga. Não que algum dos meus amigos realmente leia isso aqui, mas para termos práticos, vou chamá-la Luciana.
Ela é uma garota realmente incrível. É esforçada, inteligente, muito simpática e linda. Mas linda mesmo, dessas que quando passam, os caras vem correndo atrás das amigas para informações. Gosto muito dela, e para ela desejo só o melhor que a vida pode oferecer. Mas sinto, sim, uma ponta de inveja dessa popularidade toda e pela facilidade com que ela conhece novas pessoas. Mas veja só que engraçado, um dia, não é que essa mesma Luciana veio me confidenciar que morria de inveja de mim? Disse que se acha feia (o que não é, em absoluto, verdade), que é muito burra e que queria ser como eu.
Minha nossa, eu começo a matutar, porque é que alguém como ela se daria o trabalho de invejar alguém como eu? E percebo que, quando devolvi que a achava muito melhor que eu em vários aspectos, ela deve ter pensado a mesma coisa. Porque é que, simplesmente ao invés de invejar o que a outra tem de melhor, não podemos nos orgulhar de nossas próprias qualidades e admirar o que nossa amiga tem de bom?
É claro que nem sempre a inveja e a cobiça vêm em termos tão brandos, mas aí já não é mais o caso de um relacionamento que possa evoluir para uma verdadeira amizade. Existem os amigos-da-onça, que por perto são os melhores amigos que se pode imaginar, mas pelas costas são aqueles que mais torcem pra você se ferrar. Não que isso seja novidade para ninguém, claro.
Este post já está ficando meio grande, então deixo para o próximo a continuação. Assim, reciclo a idéia e não preciso ficar mais duas semanas para pensar em algo p/ escrever. =]
Au revoir p/ quem lê isso aqui.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Alice no país dos espelhos.


Exatamente! O assunto de hoje (na verdade, foi o de ontem, mas quem disse que eu me animei a escrever?) são os espelhos. Pois é, mas de quais eu vou falar? Daqueles pedaços de vidro platinados que refletem tudo que aparece na frente? Também. Na verdade, como um espelho mesmo, esse blog serve mais para eu ter uma idéia do que tem dentro de mim. E, por que não, fora também.
Espelho é uma coisa traiçoeira. Literalmente falando, muitas vezes não gostamos muito da imagem que vemos refletida neles. E quanto menos gostamos, mais e mais as tão famosas máscaras se fazem necessárias. Não nos sentimos seguros sem elas. O que realmente importa, no fundo, não é como os outros nos enxergam, e sim como nós pensamos que enxergam. Parece uma necessidade natural nossa transformar o próprio corpo num cartão de visitas ambulante. Para que saibam (ou pelo menos imaginem) o que esperar quando se aproximarem o bastante para uma conversa. Não concordo com a expressão "a primeira impressão é a que fica", mas é nela que nos baseamos quando nos vestimos e preparamos para sair de casa todos os dias.
Figurativamente falando, imagino que os espelhos sejam muito mais complicados. Acho que se ver através de um espelho seria a capacidade de perceber a si mesmo por trás de todas as defesas e mentiras que criou para si ao longo dos anos. Olhar bem dentro dos próprios olhos e reparar dentro deles a mesma essência da criança que viveu um dia em você. Os mesmos medos. Os mesmos prazeres. As mesmas vontades não realizadas.
É ser capaz também de conciliar os sentimentos da criança com os pensamentos do adulto que surgiu com a vida. Enfim, o poder de distinguir a pessoa da personagem. Afinal, quem é o EU que conheço? Me faço essa pergunta quase todos os dias... Você realmente conhece o seu? (uau, que pergunta mais... filosófica!)
Eu já disse que eu AMO teatro? =)
Au revoir.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Sobre as teorias (desabafo).

Pois é, só pelo formato deste blog, já dá pra se ter uma certa noção de como é a tal Mascarada que escreve nisso aqui: uma total "newbie" em assuntos de computador (não preciso nem dizer que não entendo nada de códigos HTML), desocupada em tempo quase integral (tá, por enquanto faço algumas coisinhas, mas ainda assim, desocupada) e como conseqüencia de ter tanto tempo livre, alguém que acaba pensando em milhões de abobrinhas, perfeitas para serem publicadas num blog como este.
Por isso mesmo, quando eu digo que esta é uma homepage totalmente inútil, não é a toa. Veja bem, não sou uma pessoa muito estudada, nunca mergulhei fundo na personalidade de Fausto nem muito menos procurei me aprofundar no que um Príncipe deve fazer para ser um bom governante. Não entendo de sociologia além do que entenderia um aluno razoável de terceiro ano do médio, e poucas vezes tive paciência para ler por inteiro uma obra sobre o assunto. As coisas que eu escrevo aqui não passam de reinações de uma mente ociosa. Não devem ser levadas (muito) a sério e eu nem sequer sei se vou pensar do mesmo jeito no dia seguinte. Este blog tem o único objetivo de registrar os meus presentes pensamentos para que eu possa ter uma avaliação do meu próprio crescimento no futuro; quanto do que eu pensava fazia algum sentindo, e de que tipo de idéia eu serei capaz de rir quando estudar mais a respeito.
Enfim, este post mesmo no fim das contas não serviu de coisa nenhuma (e algum serve??), a não ser se mostrar como mais uma propaganda de porque você NÃO deve ler isto aqui... Whatever... Duas pessoas lendo essas verdades de mentira já me parecem um recorde de audiência, e se você é apenas um infeliz desconhecido que está passando por acaso, peço desculpas se ocupou o seu precioso tempo lendo minhas escusas... (não parece que assim perdeu toda a magia? A cada post eu vou deixando essa página menos interessante... ¬¬)
Au revoir.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Pré-conceito do conceito

"Só uma observação: vadia é vadia não importa sua cultura... e sinceramente, é mais fácil ver uma mulher vulgar num baile funk se esfregando (nada contra) do que em uma exposição de artes, teatro municipal e curtindo obras de Moliére...."

Post copiado na íntegra da comunidade do orkut "Odeio mulher vulgar"

Na boa, eu realmente preciso comentar? Bom, pra quê serviria este blog se eu não o fizesse... ¬¬
Afinal, o que é a tal da 'mulher vadia'? O que a sociedade em geral julga como vulgar e promíscuo (e ao mesmo tempo, cultua entre quatro paredes)?
E o que vem a ser o 'nada contra'? O cara mete o pau, critica, critica e depois vem com um "nada contra"?? Tenha dó, né?
E essa hipocrisia toda, não sei, parece até que nasce com a gente... temos medo de expressar a nossa verdadeira opinião, e temos o nojento hábito de conceituar sem conhecer...
Pior que isso, só mesmo o preconceito passado de pai para filho... aquela acusação velada, aquele comentário mesquinho que você ouve (sempre acompanhado de um "nada contra") desde os primeiros anos de sua vida vai sendo absorvido... E quando você se dá conta, compactua com tudo aquilo que mais abomina: a discriminação.
"Vai te catar, seu boiola!"
"Mas já é um viado!"
"Homens não deveriam se beijar em público! Nada contra, mas é muito feio"
"Ah, mas isso é serviço de preto!"
"Não sou nazista, mas que eles têm dinheiro demais, isso têm..."

"Sabe o que acontece quando um negro pisa num monte de bosta? O monte fica maior ainda! hahuahauhauhahua" >> piada enviada para o meu msn por um infeliz agora devidamente bloqueado e excluído.

Nada contra piadas como essa? "É tudo brincadeira"? Pode até ser, mas não ando mais disposta a aturar esse tipo de comentário quadrúpede. Gay não é sinônimo de ofensa. Negro não é sinônimo de ser inferior (aliás, existam raças ou não, o problema está justamente em tentar colocar tudo no mesmo saco... Somos todos diferentes SIM, e nem por isso ninguém é superior à ninguém, mas isso é papo pra outro post). Mini-saia não é sinônimo de vadia (meu pai, O QUE É A VADIA? Mais um post...). E ouvido de Mascarada não é sinônimo de pinico. Nunca mais.
Au revoir.

PS: Você está relendo? (tente não rir muito alto, a vizinhança pode reclamar...) Está um pouco diferente do anterior porque tentei atualizar algumas coisas e o Google me fez o favor de apagar tudo... mas a idéia principal continua a mesma...


domingo, 22 de abril de 2007

A máscara da Mascarada.

Pois é, cá estou eu de novo, desta vez p/ escrever sobre máscaras sociais. Uau, estou ficando boa nisso (ainda bem que para escrever um blog é de graça, porque com certeza a editora que se aventurasse a publicar um livro meu teria prejuízo).
Bom, eu não vou realmente fazer afirmação nenhuma desta vez, vou mais é lançar perguntas. Por que será que ninguém é o que aparenta ser realmente? Ou melhor, por que existem manias a que só nos rendemos sozinhos, ou pensamentos sobre pessoa X ou Y que guardamos somente para nós mesmos?
É uma coisa interessante para se pensar, não é mesmo? (na verdade... não, mas como meu tempo anda bastante ocioso ultimamente, me dou essas atividades inúteis). Há certas coisas que guardamos por medo de que X ou Y se zanguem, ou mesmo por receio de nos acharem loucos varridos. Mas o mais engraçado mesmo é que ninguém sabe o que seria um ser perfeitamente normal. "Ah, eu sou louca de pedra." Todos temos manias íntimas, coisas que achamos estranhas e mesmo assim passamos a vida procurando nos encaixar (ou nos distanciar) de um conceito que não existe. E para isso, usamos as máscaras. A máscara do bonzinho, da símpática, do que está sempre de bem com a vida e até mesmo do marrento ou durão que nunca gosta de ninguém. Eu, particularmente, acho que um caso patológico dessa tal máscara levada a sério demais são os chamados Posers. Você sabe que não existe ninguém tão centrado em determinado assunto assim, e mesmo assim, o dito indivíduo insiste em querer mostrar que é. Na sua maioria, eu diria que os Posers sofrem da chamada 'Síndrome do Underground', pois eles sempre querem parecer diferentes em tudo que fazem. Não importa o que você faz para isso. O que basta é parecer diferente.
Cidades cheias de tribos dos estilos mais diversos, grupos de protesto contra a mesmisse, quando na realidade nem sequer sabem o porquê de estarem ali. Fascinante como Posers clássicos gostam de citar livros antigos, bandas desconhecidas ou mesmo criar blogs para demonstrar quão tortas são as idéias que vivem em sua cabeça... é, tem uma poser dentro de mim, gritando para se libertar, assim como eu aposto que você já foi um, por um período maior ou menor, quando não fazia a menor idéia do que queria ser.
No fim das contas, além de ter que aprender a lidar com as diferenças, temos que aceitar o fato de que somos iguais a todo o resto...
No próximo post vou tentar explicar por que eu tenho uma aversão tão grande aos falsos moralistas (e por que admito ser uma). Não esqueça de deixar de conferir!
Au revoir.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Pondo os is nos pingos.

Muito bem, vamos postar qualquer coisa neste blog, pois já que me dei o trabalho de criá-lo, que sirva para algum propósito (nem que seja para eu mesma não esquecer de minhas próprias teorias... estaria o computador substituindo a boa e velha caneta? Nãaao...).
Ok, por que "Verdades de mentira"? Boa pergunta! A verdade (de mentira), é que este seria o único título decente (ou não) para um blog que ainda não havia sido utilizado. Que chato, não? Perdeu todo o mistério. Assim nem parece que eu fiquei horas e horas na cama escrevendo sobre questões existenciais inúteis antes de decidir abrir este meu espaço no mundo cibernético. O problema é que, agora que estou aqui, simplesmente não sei como me explicar.
Acho que tudo começou como uma simples afirmação em uma conversa de meio de expediente. Nada demais, nada mirabolante, mas uma afirmação impensada que gerou uma grande discussão e virou uma bola de neve. Aconteceu de uma colega minha mais uma vez vir se gabar de ser a pessoa mais sincera que conhecia, que dizia a verdade que fosse, doa a quem doesse etc e tal. E eu, grande intimista das verdades da vida, acabei deixando escapar que "no fim das contas, aqueles que se dizem mais sinceros, são os que mais mentem". Nem preciso mencionar que a tal colega ficou furiosa. Mas como é que eu ia assim, sem mais nem menos, tripudiar na idéia que ela tinha dela mesma?? "Está me chamando de mentirosa, então?" A minha sorte é que hoje em dia não convivo mais no mesmo ambiente que ela porque, na verdade, não sei como não apanhei até hoje.
Mas, veja bem, a minha linha de pensamento é tão simples! É comprovado cientificamente que mentimos todos os dias, pelo menos umas vinte vezes. Isso mesmo, PELO MENOS vinte vezes. É claro, a maioria mentiras bobas e sem importância, de cunho social ou para te livrar de uma bronca por ter chegado atrasado. O fato é que muitas vezes essas mentiras passam despercebidas até mesmo pelos próprios contadores, tão acostumados estão a dizer sempre a mesma lorota. Tudo bem, até aí, nada demais. Apenas mentiras inocentes. O problema de se ter uma idéia tão absolutamente sincera (e irreal) de si mesmo é que se perde a liberdade. O que, a liberdade para mentir, você quer dizer? Não. A liberdade de encarar sua identidade como quiser, liberdade para pensar e até mesmo a liberdade para mudar de idéia. Não é novidade para ninguém que quem se define, se limita. Quem acha estar acima de qualquer mentira passa a adotar tal comportamento mais por orgulho do que real intenção de dizer a verdade. E tenta mostrar a todos uma imagem que não é realmente sua, o que já é, em si, uma mentira. Não estou dizendo que não há pessoas sinceras, longe de mim. As mentiras do dia-a-dia nada têm a ver com aquelas que machucam e escondem perigos. Estou dizendo apenas que exibir a sua valorosa "sinceridade" como um trofél é atitude de quem não pensa no real sentido da palavra, gosta apenas de contrariar ou dar a sua opinião de que a roupa do seu amigo realmente não combina com ele. Quanto ao que realmente importa, como dizer como está se sentindo uma droga hoje ou porque na verdade você inveja aquela sua colega que diz não suportar, poucas pessoas tem a coragem de ser sinceras, consigo mesmas e com os outros. Mas isso não é motivo para vergonha, ou orgulho. É apenas ser humano, tentando se afirmar de alguma maneira, e sentir que faz a diferença num meio onde todo mundo é igual.
É, como conclusão só se pode tirar que eu realmente não sei como me explicar, e com certeza teria muito mais sucesso se fosse mais sucinta. Whatever, ninguém vai ler isto aqui mesmo, né?! =D
Cenas do próximo capítulo: Todos as usam. Mas o porquê das máscaras?
Breve, num pc perto de você. =]
Au revoir.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O que você não precisa saber.

Saudações. Aqui, caro colega que não existe, escreverei sobre tudo que não sou e o que não penso. Isso mesmo, este blog inútil foi criado com o intuito da negação das idéias. Não será lido por viva alma, pois não passei o endereço disso p/ ninguém (embora esteja considerando mandá-lo para os meus inimigos mais íntimos), não conterá novidades sobre a minha interessantíssima vida cotidiana, não falará sobre sobre os marsupiais saltitantes da Malásia e tampouco mostrará relatos (emo)cionantes sobre como a minha existência está uma merda.
Não, neste espaço tão gentilmente cedido pelo Google, escreverei apenas sobre o nada. O nada que enche a cabeça de nossos jovens. O nada cósmico em que brevemente se transformará o nosso planeta. O nada de que é feito, eu suspeito, o chantily e o algodão doce. E, é claro, o nada que habita tão insistentemente a minha cabeça.
Basicamente, falarei das idéias mais indignas de crédito que já passaram pelos meus neurônios nestes meus (número anônimo) anos de vida. Por isso mesmo, para este primeiro post do meu novo, lôngevo e próspero blog (o quê, você não riu? Ahh...), eu reservei apenas um aviso: NÃO ME RESPONSABILISO PELOS DESOCUPADOS QUE LEREM ESSA PORCARIA! FUI CLARA? (Será que ficou bem visível? É, eu sei que letras piscantes e rebolantes como aquelas do msn chamariam mais atenção, mas seriam trabalho demais pra mensagem de menos...)
Então, meu caro amigo imaginário, não espere atualizações freqüentes contendo detalhes dos meus devaneios. Estes clarões de insanidade vêm e vão. Portanto, calculo que nosso próximo encontro deverá acontecer em meados de 2019. Sendo otimista.
Agora, sugiro que vá ocupar seu tempo. Porque se chegou ao ponto de ler o post de um blog como este, imagino que não ande tendo muito o que fazer. (Sim, eu sei que estou falando sozinha, mas eu sempre quis imitar o estilo do Machado de Assis =B).
Au revoir.