quarta-feira, 13 de junho de 2007

Chiacherando.

Hum. Os hiatos estão ficando cada vez maiores. E olha que ainda nem começaram minhas atividades acadêmicas. Um sinal de que o fim dos tempos está próximo, imagino. Ou talvez, eu simplesmente esteja desistindo de idéias mirabolantes e fique acanhada de servir o arroz e feijão de todos os dias.
Qualquer que seja o motivo, aqui estou eu dando mais uma vez o ar da graça. E sabe, reparei que este blog é tão normal que chega a ser estranho. Faz tempo que não visito um blog comum, de um adolescente comum relatando as peripécias de seu cotidiano comum. Não, os blogs de hoje são muito mais do que meros diários virtuais dos quais você pendura a chave na capa ao invés de esconder debaixo do travesseiro. Alguns têm músicas, discografias inteiras ao dispor de boas conexões; muitos outros, poesias e citações de autores esquecidos (tão esquecidos, aliás, que a maioria nem leva o crédito por elas); não raro, um blog é a esperança de um autor desconhecido de ter o seu livro descoberto de repente e ser publicado, sei lá, pela Sextante. Mas o que mais se vê mesmo (ou o que eu mais vejo, não sei vocês) são aqueles em que os autores fazem todo possível para exaltar o quão diferentes são do resto do mundo. Engraçado reparar como todos querem achar pessoas que se pareçam consigo mesmas, ao mesmo tempo em que acreditam ser as únicas do universo a gostar de chicle de pimenta. Se eu não estiver me fazendo entender, estou no caminho certo.
Mas estou divagando. Não que não seja exatamente esse o objetivo do post em questão (e de todos os outros), mas como sempre, eu tinha alguma coisa pra dizer no post de hoje. Provavelmente era mentira. Então, passemos aos pensamentos aleatórios. Sem cortes. Sem censura. Sem noção.
Cada dia mais, a máscara e a Mascarada se fundem dentro de mim, e pouco a pouco vou perdendo a identidade de quem sou e do que fui. No mesmo dia, me sinto onipresente e insignificante, e mais freqüentemente ainda, no mesmo instante. Não conheço as capacidades do meu eu, mas para todos os efeitos, também não conheço suas limitações.
Só sei que hoje acordei angustiada. A ansiedade ante a realização próxima briga com o sentimento do vazio que foi despertado mais fortemente do que nunca. A certeza de que sou útil nunca esteve tão junto da sensação de inutilidade, sempre tão latente na minha vida. Preciso de todos e não quero nunca mais precisar de ninguém. O certo e o errado nunca pareceram tão iguais. O nunca e o sempre na mais impossível das sintonias.
Este é um texto que saiu mais melancólico do que sempre, e não tenho certeza de não querer apagá-lo depois. Ao menos a primeira parte dele está aturável. Por enquanto, basta de confissões de adolescente. Não garanto que não vá escrever mais dessas, mas definitivamente não era isso que eu tinha em mente quando abri esse blog. Enfim, contentem-se com esse tutu sem farinha por agora. =P
Au revoir.

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