segunda-feira, 31 de março de 2008

A las cinco de la tarde...

Este é o horário no qual vos escrevo, e no qual sinto uma imensa saudade, um sentimento de muito saudosismo para com o meu queridíssimo Lorca, poeta e dramaturgo que me proporcionou uma das melhores experiências de minha vida. Um salve.

LA COGIDA Y LA MUERTE

A las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.
Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.
Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.

El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones del bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡Y el toro, solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde,
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
A las cinco en punto de la tarde.

Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!
.

Au revoir.

sábado, 8 de março de 2008

Rumo à existência!

Oi, povo invisível! Olha só, menos de um mês pra atualizar de novo! Considerando a minha nova e pretendida empreitada, acharei ótimo se conseguir manter esse ritmo (claro que não vou, mas a esperança é a última que morre).
Pois bem, de novo, eu não tenho muito o que dizer. De acordo com o que se conclui dos posts passados (ao menos espero que sim), mais precisamente do dia 14 de janeiro, minha vida está tomando exatamente os rumos que tracei para ela nos meses derradeiros de 2007. O que é muito bom. Tenho até me deparado com agradáveis surpresas nos últimos dias. O que é melhor ainda. O fato é que tenho tido menos motivos reais (reais??) para reclamar ultimamente, exceto talvez o excesso de compromissos com o qual não estava acostumada. Ou seja, mais estupendo impossível.
O problema é saber quanto tudo isso vai durar. Na verdade, não estou exatamente esperando tudo desabar como sempre acontece, afinal tudo que sobe desce. Estou mesmo é querendo saber quanto vai durar esse meu bom humor todo. O problema nunca foi a minha vida, como os leitores bem sabem, o problema sou eu. Chame de depressão, chame de manha, chame do que quiser mas chame de alguma coisa, o fato é que nunca estou satisfeita por muito tempo. E embora eu saiba muito bem que isso faz parte de minha condição humana, me arrisco a dizer que encaro minha época de vacas magras com um drama ligeiramente maior do que a maioria (nãaaaao?).
Pela primeira vez em pelo menos 7 anos de existência, a minha principal meta de ano-novo não foi a mesma de sempre, o que eu já considero um progresso, visto que a outra era patética. Minha meta desta vez ficou sendo terminar o primeiro ano de faculdade, pura e simplesmente. Das duas, de preferência. Sinto que tendo este objetivo em mente, ao menos não irei tropeçar na primeira adversidade (nossa, que literário isso).
Mas agora, comecei a imaginar que tenho outra (meta). Me livrar dos meus traumas, e dessa vez de verdade. Ao contrário do que possa parecer, não quero me livrar da distimia, essa incansável companheira da minha existência. Não espero conseguir isso sozinha, ao menos não agora, não ainda. O que eu quero deixar de lado são velhas convicções, que eu mesma já vejo há muito ultrapassadas e ainda assim entranhadas em meu ser. Quero ler muito esse ano, e aprender o máximo que puder, fazer um nó nos miolos e criar uma confusão com tanta informação acumulada mesmo. Desatrofiar meu pensamento. Fazer novas amizades, reatar as antigas e principalmente, confiar nelas. Tentar quebrar o muro que me separa do mundo há tantos anos, e enfim me aproximar das pessoas. Cansei de sempre procurar companhia e, ao mesmo tempo, me impôr a solidão.
Não vai ser fácil cumprir todas essas promessas. Velhos hábitos são difíceis de mudar. Por isso mesmo, tenho a convicção de que precisa ser agora, enquanto ainda sou jovem e tenho meus picos de vontade. Porque eu não quero ser uma velha solitária e triste. Mais precisamente, porque eu não quero envelhecer.
Chega dos mesmos pensamentos pessimistas. Chegou a hora de manter a chama viva e me empenhar por isso.
Como eu já disse, não sei quanto vai durar esse meu arroubo de fé na felicidade, mas esse texto é pra marcar o meu desejo, e pra não me deixar desistir da próxima vez em que vier despejar minhas mágoas de mim mesma por aqui. Até lá, fiquem olhando.
Au revoir.