quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Senhoras e senhores, venho através desta informá-los de que Mascarada, versão 2013 continua viva e se alimentando.
Dito isto, é cada vez mais chato ler meus textos antigos. Me faz pensar que deixar isso aqui anônimo foi uma decisão acertada, afinal... Ou não, né. Se não fosse anônimo, eu COM CERTEZA não teria escrito boa parte das baboseiras que estão aqui, mas provavelmente o blog não faria muito mais sucesso do que faz hoje. Porque né, ninguém mais lê blogs hoje em dia. Tem também a questão de que para escrever estas tais baboseiras eu não precisava de um blog, pra isso existe o word ou mesmo o bom e velho papel e caneta, que na verdade é o que eu venho utilizando com mais frequência mesmo. Este blog está aqui por que por alguma razão eu pensei que ele pudesse crecer, por que o que eu escrevo interessaria a alguém, por que algum dia eu acharia uma boa idéia mostrar o que eu penso às pessoas. Por que na vida as coisa acontecem de forma mágica... só que não. Mas enfim, já que ele ainda está aqui, aqui vai um resumo do meu 2013:
Meu pai morreu. Eu passei o ano todo pensando que eu precisava me recuperar o mais rápido possível para que assim conseguisse escrever minha monografia e assim, me formar de uma vez por todas. Estamos no dia 21 de novembro e, até o presente momento, eu falhei miseravelmente. Não tenho uma linha sequer escrita até agora, nem ler direito o que eu precisava eu li. A colação está marcada para meados de maio do ano que vem. Não sei se vou terminar até lá, e na verdade eu tento, tento e tento, mas ainda não consigo nem me importar com isso.
Na verdade, foi isso. Meu ano se constituiu de uma série de tentativas frustradas de tentar me importar com alguma coisa. Eu acho que minha ficha ainda não caiu, sabe, ainda parece, mesmo depois de 6 meses, que meu pai saiu só de férias. Que eu deixei de ir na casa dele por que estava muito ocupada, por que estava voltando sempre tarde do teatro. Mas não. Ele não volta mais. E eu nem tenho a religião pra me dizer: "tudo bem, é só por agora". Não. Meu pai NÃO EXISTE MAIS.
Em momentos como agora, em que eu começo a escrever e a chorar como uma louca, eu me pergunto como eu consigo conviver com isso, com a verdade inexorável de que eu não vou ver aquele que chamei de pai nunca mais. Mas a verdade é que eu fugi tão desesperadamente dessa verdade que a maior parte do tempo eu nem pensava nisso. Comecei a ir em festas, a beber, a transar com gente que eu nunca vi na vida e que nunca mais quero ver. Tentava me conectar com qualquer pessoa, ao mesmo tempo em que expulsava da minha vida qualquer um que tentasse chegar mais perto. Atitudes típicas minhas, é verdade, mas que esse ano estiveram mais em evidência do que nunca. Gastei como se não houvesse amanhã, larguei meu emprego, estive por um fio na universidade o ano todo. Deixei tudo pra depois.
A verdade é que eu queria dizer que nada mais me importa. O ano todo eu invejei os psicóticos, que simplesmente se desconectam da realidade para se refugiar em seu universo interior. Mas infelizmente está muito além da minha capacidade fazer isso. Mais do que nunca, eu me sinto de mãos atadas. EU NÃO CONSIGO ME MEXER!! Eu não morro, não vivo, só sobrevivo! For god's sake, get busy living or get busy dying!