Esta é uma frase que tem muito a ver com o momento pelo qual estou passando. Na verdade, resume a minha vida, de certa maneira, mas estou tomando verdadeira consciência disso agora. Pode ter os mais diversos significados e interpretações dependendo de onde estiver a minha mente, mas sempre se encaixa.
Veja bem, eu sei que chegar à conclusão de que alguém anti-social o é por escolha parece óbvia. Ou talvez não. Eu sei que eu mesma já devo ter escrito por aqui que tenho consciência do meu comportamento afastar as pessoas. É claro que eu tenho. Mas não tenho. Sou passiva perante a vida. E ao mesmo tempo não sou. É, acho que esse post vai ficar muito complicado de sair. Até porque ainda estou bastante confusa. Mas vejamos se consigo me explicar.
Sempre fui uma pessoa sem muito trato social, e por vários motivos ocorridos aqui e acolá, essa (falta de) habilidade só foi se intensificando no decorrer da vida. Concluí, já há bastante tempo, que o meu incessante sofrimento se devia, portanto, ao fato de eu não SABER lidar com as pessoas, e de certa maneira, andei me acostumando com a idéia de que não iria aprender tão cedo. Até aí, ok. Nada diferente do discurso que tenho no blog até então. Mas não faz muito, descobri uma nova e masoquista característica minha: não apenas eu não SEI me aproximar das pessoas, eu também não QUERO. What? "Tá reclamando do que então?", você com toda razão me questiona. Bom, mais do que nunca eu sei que é uma escolha minha me isolar, mas saber disso não exclui um conhecimento que eu já tenho desde que me entendo por gente: eu sofro por causa disso. E é aí que está o elemento masoquista. Afinal, o que é que eu tanto quero com uma coisa que me faz sofrer? Tudo isso é medo? Acomodação? Preguiça? Eu não tenho certeza, mas tente não me julgar muito severamente. Por mais óbvio que agora pareça, eu nunca pensei que esse meu comportamento era uma escolha. Quer dizer, como pode?! Por que sempre insisto em afastar todos que se aproximam, mesmo sabendo que vou sofrer com isso? Querendo e rejeitando ao mesmo tempo a idéia de qualquer intimidade? Percebe como isso é doloroso pra mim? Perceber que essa minha inércia não está apenas calcada na minha insegurança, mas na minha vontade? Mas se é assim, por que então eu não paro de sofrer, se sofro por que quero? Faz algum sentido? Eu sei que não.
Não garanto que este post vá continuar aqui por muito tempo, visto que eu não expliquei nada e que quem quer que o leia ou não vai entender ou vai me chamar de ridícula. Tanto faz. O que importa é deixar registrado aqui essa nova fase das minhas reminiscências. E quem sabe, da próxima vez, eu consiga me fazer um tantinho mais clara. Tanto pra mim, quanto para o mundo.
Au revoir.