Desistir, como é?
Deixar pra trás as angústias e se entregar à uma dor maior
Maior que eu,
maior que o mundo,
muito maior do que a própria dor.
O ser acima do ter
acima da existência que já não mais existe.
Lançar-se às fagulhas sem medo de se queimar.
Pular no abismo sem volta,
antes mesmo que a vida se perca.
Pois só uma coisa ainda me aprisiona
num mundo de covardes
Laços eternos esperando a decomposição
podridão
putrefação.
Depois, apenas o doce som do silêncio.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
Pequenas caquinhas.
Não sei direito, mas acho que este é um fato inédito neste blog, eu postando dois dias seguidos (se levar em conta a contagem das horas, no mesmo dia).
Mas acabei de saber de um acontecimento que me impeliu a escrever. Perdi um amigo. Mas não por um mal-entendido. Eu o expulsei da minha vida.
Eu sabia que isso aconteceria. Mas não achei que me afetaria tanto. Porque eu só consigo fazer cagada nessa vida?? Porque esse meu medo de conflitos só consegue fazer as coisas piorarem? Porque ninguém é capaz de ver, por trás da minha fachada de indiferença, que tudo que eu sinto é medo?
Mas agora não adianta chorar. Pedir perdão não adianta mais. Pedir que alguém esteja aí pra mim quando eu precisar, como posso fazer isso? Eu abandonei à míngua quem mais precisava de mim. O preço a ser pago é a solidão.
Reclamar da vida não adianta. O que adianta é viver. Tente sentir o mesmo nojo de mim que estou sentindo agora, se puder. Mesmo que você seja a pessoa que eu magoei em questão, não conseguiria sentir algo tão intenso por alguém tão baixo.
Au revoir.
Mas acabei de saber de um acontecimento que me impeliu a escrever. Perdi um amigo. Mas não por um mal-entendido. Eu o expulsei da minha vida.
Eu sabia que isso aconteceria. Mas não achei que me afetaria tanto. Porque eu só consigo fazer cagada nessa vida?? Porque esse meu medo de conflitos só consegue fazer as coisas piorarem? Porque ninguém é capaz de ver, por trás da minha fachada de indiferença, que tudo que eu sinto é medo?
Mas agora não adianta chorar. Pedir perdão não adianta mais. Pedir que alguém esteja aí pra mim quando eu precisar, como posso fazer isso? Eu abandonei à míngua quem mais precisava de mim. O preço a ser pago é a solidão.
Reclamar da vida não adianta. O que adianta é viver. Tente sentir o mesmo nojo de mim que estou sentindo agora, se puder. Mesmo que você seja a pessoa que eu magoei em questão, não conseguiria sentir algo tão intenso por alguém tão baixo.
Au revoir.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Triciclo vital.
Olá meus amigos da rede Bobo, estamos de volta com a transmissão do blog da mascarada, O blog mais visitado pelas moscas de todo o Brasil!
Sem mais delongas, vamos ao assunto de hoje, que será... Bom, aposto que posso pensar em alguma coisa até este post acabar. A verdade é que venho tendo vontade de escrever já há algum tempinho, mas não consigo organiz
ar as minhas idéias o bastante para tal. Este será mais um post que não vale a pena ser lido, não por fazer parte do meu acervo inútil de idéias, mas por não fazer. Sabe, apesar de eu não achar meus escritos muito revolucionários, a minha esperança é que cada um pense um pouco no assunto em questão, mesmo que um minuto após a leitura seja capaz de esquecer de tudo por um sanduíche de queijo. Era essa a minha proposta ao criar o blog, mas lastimavelmente a cada postagem venho me distanciando mais do objetivo original. Mas que seja.
A cada dia que passa invejo com mais intensidade os vegetais, seres vivos que não precisam mover um galho para interagir com o ambiente à sua volta. Toda a natureza como conhecemos depende deles para que seu equilíbrio não seja maculado, e no entanto eles não precisam trabalhar por isso. Precisam apenas SER.
Pois tenho pensado seriamente em parar de tentar. Não há um dia em que não me pergunto se a solidão não é mesmo uma opção. O ser humano é por excelência um animal social, mas por que não podemos simplesmente ser, como as plantas, para que o mundo gire ao nosso redor? Por que são necessários tantos anos de frustrações para percebermos que a nossa triste natureza nos obriga a conviver e a depender do que nos machuca? Por que existir não é o suficiente?
Nós passamos a vida, ou pelo menos parte dela, sendo enganados com a possibilidade do amor eterno, da felicidade perene, da imortalidade, mesmo que imaterial. Mas nada disso existe. O que existe são os momentos felizes, tão escassos na sociedade caótica em que vivemos.
Por mais que eu olhe pela janela, por mais que me esforce para ver a recompensa no final do arco-íris, o mundo não me parece mais digno do meu esforço, agora que descobri a farsa. Não tenho mais a esperança de ser feliz, mesmo que por momentos fugazes. Não acho que algum dia vá encontrar alguém que seja capaz de me amar pra sempre, assim como não me julgo mais capaz de amar alguém com essa dedicação eterna. Não acredito na imortalidade da alma, ao menos não da minha, visto que me sinto morta desde o momento em que nasci.
Então, quanto ainda falta para que as árvores sejam beneficiadas pela minha essência? Quanto mais devo esperar pela decepção, para que finalmente me dê o direito do derradeiro momento?
Só a vida responderá. E minhas preces são para que esta resposta chegue o mais rápido possível.
Au revoir.
Sem mais delongas, vamos ao assunto de hoje, que será... Bom, aposto que posso pensar em alguma coisa até este post acabar. A verdade é que venho tendo vontade de escrever já há algum tempinho, mas não consigo organiz

A cada dia que passa invejo com mais intensidade os vegetais, seres vivos que não precisam mover um galho para interagir com o ambiente à sua volta. Toda a natureza como conhecemos depende deles para que seu equilíbrio não seja maculado, e no entanto eles não precisam trabalhar por isso. Precisam apenas SER.
Pois tenho pensado seriamente em parar de tentar. Não há um dia em que não me pergunto se a solidão não é mesmo uma opção. O ser humano é por excelência um animal social, mas por que não podemos simplesmente ser, como as plantas, para que o mundo gire ao nosso redor? Por que são necessários tantos anos de frustrações para percebermos que a nossa triste natureza nos obriga a conviver e a depender do que nos machuca? Por que existir não é o suficiente?
Nós passamos a vida, ou pelo menos parte dela, sendo enganados com a possibilidade do amor eterno, da felicidade perene, da imortalidade, mesmo que imaterial. Mas nada disso existe. O que existe são os momentos felizes, tão escassos na sociedade caótica em que vivemos.
Por mais que eu olhe pela janela, por mais que me esforce para ver a recompensa no final do arco-íris, o mundo não me parece mais digno do meu esforço, agora que descobri a farsa. Não tenho mais a esperança de ser feliz, mesmo que por momentos fugazes. Não acho que algum dia vá encontrar alguém que seja capaz de me amar pra sempre, assim como não me julgo mais capaz de amar alguém com essa dedicação eterna. Não acredito na imortalidade da alma, ao menos não da minha, visto que me sinto morta desde o momento em que nasci.
Então, quanto ainda falta para que as árvores sejam beneficiadas pela minha essência? Quanto mais devo esperar pela decepção, para que finalmente me dê o direito do derradeiro momento?
Só a vida responderá. E minhas preces são para que esta resposta chegue o mais rápido possível.
Au revoir.
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