segunda-feira, 7 de julho de 2008

Viver x Existir

Olá, queridos leitores imaginários (e uma de carne e osso!). Como pude deixá-los mais de mês esperando, não? E o que vocês recebem em troca, depois de tanta espera? Apenas mais um post saindo do forno, que aliás não tem nada de especial. POis vamos ao pensamento de hoje sem mais delongas.
Faz já algum tempo que vi uma frase do Oscar Wilde que define a minha vida:

"Viver é a coisa mais rara que há. A maioria das pessoas apenas existe."

Sim, caro leitor. Eu me encaixo no segundo grupo, daqueles que apenas passam pela vida observando pela janela. Não que me orgulhe disso. Mas como não há ninguém pra ler mesmo, ou quem lê 1. já sabe disso ou 2. não me conhece, então não tem problema confidenciar isso pra vocês. O que acontece é que eu sou covarde. Muita gente é, mas pelo menos eu admito isso pra mim mesma, o que acredito que seja ao menos um começo. Mas de nada adianta saber de seus defeitos se vocês não faz nada para mudá-los. E é aí que entra o comodismo. E puxa, há quanto tempo tenho a idade emocional de uma menina de 6 anos? Quando foi que parei de crescer, que parei de tentar? Quando foi que passei a ter certeza de que a vida não valia a pena? De que não havia nada nem ninguém lá fora que valesse o meu esforço? Porque desisti de VIVER tão cedo? São perguntas que me faço todos os dias, e achar a resposta talvez seja um meio de quebrar esse muro que há entre mim e a humanidade. Enquanto isso, vou existindo. Enquanto houver alguém que se importe, ou enquanto não tiver coragem para tomar uma atitude, seja para a vida, seja para a morte.
E sabe, esse pode até parecer o post mais pré-adolescente que escrevi até agora, mas temo discordar. Pré-adolescentes tem amigos, inimigos, brigas, lutas, namoros, ilusões, tragédias insolúveis que se solucionam na semana seguinte. Até hoje, não me permiti viver nada disso. Talvez só o que reste para mim seja a ilusão.
Au revoir.